Beto Gandra cuida da máquina de olho na Nit Ultra Run 12h, em Niterói

Beto Gandra cuida da máquina de olho na Nit Ultra Run 12h, em Niterói

31 de janeiro de 2019 2 Por Paulo Prudente

A especialidade de Roberto Gandra é cuidar de máquinas. Durante o dia é mecânico de automóveis, à noite e nos fins de semana ele cuida de seu corpo com treinos de corrida, deixando a máquina, de 36 anos, sempre pronta para as ultradistâncias. São cinco dias de treino em esteira e aos sábados e domingos na Floresta da Tijuca. Sem contar os dois dias de musculação. O próximo desafio é a Nit Ultra Run 12h em Niterói. Confira!

“Comecei a correr em 2013, com minha esposa. Ela já corria e sempre me chamava. Eu achava aquilo, de acordar cedo para correr, coisa de maluco. Eu estava muito acima do peso, com cerca de 145 quilos e ruim de saúde.

Um dia decidi fazer a etapa Paço Imperial do Circuito Rio Antigo. Corri 5K para não parar mais! Fui fazendo provas de 5 e 10 até fazer a última Meia Maratona da Ponte, em 2013. Adorei a distância e fiquei nela até 2016, quando parti para a minha primeira maratona. Aí foi amor à primeira vista. Senti o quanto as longas distâncias mexem com a nossa cabeça e mirei minha primeira ultra de 12h: a de Macaé em 2017.

Comecei a correr com a Equipe Legrand, passei pela Mundo Run e hoje estou com a Running Monster Endurance, dos treinadores Rodrigo e Talita Wendling, com quem eu consegui evoluir bem.

Correr longas distâncias sempre rendem boas lembranças. Uma delas foi a UD Ultra Desafio Marmelópolis, em 2017. Uma prova dura de 85K na Serra da Mantiqueira em que fui o 5º colocado geral. Passei por várias adversidades na prova e estivem bem perto de desistir. Outra prova marcante foi em 2018, a primeira Rio Ultra 24h, numa pista de 435 metros ao lado do Maracanã. Fui o sexto geral, com 140Km.

Essa experiência, hoje me faz cultivar o sonho de um dia correr o El Cruce Los Andes. Quem sabe? Enquanto isso eu vou correndo, por que quando eu não corro, fico estressado, os dias se arrastam… Mas quando eu corro é bom demais. E quando estou numa ultra eu desafio a minha mente a comandar o meu corpo. É um teste para a vida.

Já que é assim, vou me desafiar e testar a minha mente mais uma vez na Nit Ultra Run 12 horas, em fevereiro (dias 16 e 17). Uma prova ótima para fazer rodagem e aumentar a experiência para os desafios que estão por vir, como a Ultra 12h de Macaé e os 100K da TUTAN. Uma motivação a mais é poder fazer isso perto da casa da minha mãe e com amigos por perto. O melhor das ultras são os amigos que elas me deram. Alex Alves, José Carlos Prata, Jorge Mendonça, Antônio Feliz, Luciano Gomes, Valerio Almeida. Todo mundo competindo, mas sobretudo se ajudando. Amizade sempre em primeiro lugar. Não fossem estes caras, mais a ajuda da minha esposa, que sempre apoia minhas loucuras, eu não chegaria tão longe.

E também há a Passo a Passo Palmilhas e a Alfa Fisioterapia. Posso dizer que hoje eu só corro por causa da ajuda deles.  As palmilhas corrigiram e melhoraram a minha pisada, me livrando de muitas lesões. E quando elas acontecem ou quando estou com alguma dor, vou lá na Alfa e tenho aquele atendimento de primeira. Posso dizer que o Alexandre e a Fabíola hoje fazem parte da minha família!”